Publicação: 11/03/2015 09:15 Atualização:
Os brasileiros estão enfrentando dificuldades cada vez maiores para pagar, em dia, as contas de água e de luz. Dados do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) mostram que 7,1% das famílias deixaram de honrar os compromissos em dia em fevereiro com as prestadoras de serviço. Dos que estão com a fatura em atraso, 69% devem às concessionárias há mais de um ano. Os números, segundo os especialistas, tendem a piorar muito a partir de agora, pois entrará o período de maior reajuste nas tarifas. Apenas em março, o aumento médio da conta de energia será em 23,4% no país. Em Minas Gerais, a conta de luz ficou, em média, 23,8% mais cara.
O que chama a atenção dos técnicos do SPC é que estão aumentando, de forma expressiva, os atrasos em todas as contas superiores a 90 dias. Isso mostra que os consumidores não estão conseguindo resolver as pendências financeiras, devido à disparada da inflação e à queda da renda. Para piorar, o desemprego voltou a subir. Apenas em janeiro, avançou um ponto percentual, para 5,3%, apenas nas seis principais regiões metropolitanos do país. Os mais pessimistas prevêem que a taxa de desocupação deverá fechar o ano entre 6,5% e 7%. Será um incentivo a mais para o calote.
No mês passado, de acordo com a pesquisa do SPC Brasil, houve crescimento de 2,33% da inadimplência no país, em comparação com o mesmo período do ano passado. É a menor variação desde 2011, mas, segundo os economistas do órgão, essa redução não tem qualquer relação com o pagamento de dívidas em atraso e sim com a dificuldade de consumo.
“A queda no estoque de crédito tornou mais restrita a concessão de empréstimos. Como consequência, esse fenômeno tem provocado uma redução na base de dívidas a serem pagas”, afirmou Marcela Kawauti, economista da SPC Brasil. “O cenário, contudo, está longe de ser positivo. A disparada da inflação, a alta dos juros, o avanço do desemprego e a queda na confiança das famílias brasileiras, diante de um cenário de recessão, continuam a corroer o poder de compra do consumidor”, acrescentou.
Inadimplentes Em fevereiro, 53,6 milhões de pessoas estavam com restrição no nome, número equivalente a 36,9% da população acima de 18 anos. Entre o número de devedores, a variação de inadimplentes entre 18 a 29 anos registrou queda, enquanto na faixa etária de 30 a 64 anos o calote subiu. “Os mais jovens estão adiando a entrada no mercado de trabalho e consumindo menos. Já os com mais de 30 anos têm mais despesas, e acabam acumulando dívidas com maior peso no orçamento”, afirmou Marcela.
A quantidade de inadimplentes com contas entre três a cinco anos de atraso tiveram aumento de 8,05%, a maior variação, tendo uma participação de 37% do calote total. “Muitos acreditam que, quando as dívidas chegam na fase dos cinco anos, não precisam ser pagas. As pendências saem dos bancos de dados de proteção ao crédito, mas ainda podem ser executadas pela Justiça”, ressaltou a economista. A solução é renegociar os débitos. A inadimplência perdeu fôlego, mas isso não significa melhorias, e sim o arrocho do crédito. O crédito é para o varejo o que o sangue é para o corpo humano. Sem ele fica difícil operar”, afirmou.
O que chama a atenção dos técnicos do SPC é que estão aumentando, de forma expressiva, os atrasos em todas as contas superiores a 90 dias. Isso mostra que os consumidores não estão conseguindo resolver as pendências financeiras, devido à disparada da inflação e à queda da renda. Para piorar, o desemprego voltou a subir. Apenas em janeiro, avançou um ponto percentual, para 5,3%, apenas nas seis principais regiões metropolitanos do país. Os mais pessimistas prevêem que a taxa de desocupação deverá fechar o ano entre 6,5% e 7%. Será um incentivo a mais para o calote.
No mês passado, de acordo com a pesquisa do SPC Brasil, houve crescimento de 2,33% da inadimplência no país, em comparação com o mesmo período do ano passado. É a menor variação desde 2011, mas, segundo os economistas do órgão, essa redução não tem qualquer relação com o pagamento de dívidas em atraso e sim com a dificuldade de consumo.
“A queda no estoque de crédito tornou mais restrita a concessão de empréstimos. Como consequência, esse fenômeno tem provocado uma redução na base de dívidas a serem pagas”, afirmou Marcela Kawauti, economista da SPC Brasil. “O cenário, contudo, está longe de ser positivo. A disparada da inflação, a alta dos juros, o avanço do desemprego e a queda na confiança das famílias brasileiras, diante de um cenário de recessão, continuam a corroer o poder de compra do consumidor”, acrescentou.
Inadimplentes Em fevereiro, 53,6 milhões de pessoas estavam com restrição no nome, número equivalente a 36,9% da população acima de 18 anos. Entre o número de devedores, a variação de inadimplentes entre 18 a 29 anos registrou queda, enquanto na faixa etária de 30 a 64 anos o calote subiu. “Os mais jovens estão adiando a entrada no mercado de trabalho e consumindo menos. Já os com mais de 30 anos têm mais despesas, e acabam acumulando dívidas com maior peso no orçamento”, afirmou Marcela.
A quantidade de inadimplentes com contas entre três a cinco anos de atraso tiveram aumento de 8,05%, a maior variação, tendo uma participação de 37% do calote total. “Muitos acreditam que, quando as dívidas chegam na fase dos cinco anos, não precisam ser pagas. As pendências saem dos bancos de dados de proteção ao crédito, mas ainda podem ser executadas pela Justiça”, ressaltou a economista. A solução é renegociar os débitos. A inadimplência perdeu fôlego, mas isso não significa melhorias, e sim o arrocho do crédito. O crédito é para o varejo o que o sangue é para o corpo humano. Sem ele fica difícil operar”, afirmou.
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