sábado, 17 de março de 2012

O TEATRO COMO MEIO SOCIAL E TRANSFORMADOR DA SOCIEDADE




A sociedade na qual vivemos sempre foi extremamente violenta e sem princípios básicos do saber tratar bem e do que vem a ser uma boa educação. Contudo através da arte do teatro, vemos uma melhoria do que podemos chamar de qualidade de vida no meio social: no tratamento com os outros, no dialogo, na interação, e na desenvoltura do falar em público. O Teatro Serve como ferramenta fundamental para a construção de novos saberes culturais, intelectuais e morais, jamais vistos em sua totalidade, “como uma experiência dignificante e transformadora do ser criador que vive e pulsa em casa um de nós”. Ivo Rodrigues é o Fundador e o Presidente da Associação de Teatro de Olinda, e para ele o teatro mexe com o publico e é algo revolucionário, pois interagi com um sistema falido e cheio de problemas e ao mesmo tempo forma jovens e da outra visão da realidade que não aquela vivida e sentida por eles. Já um dos membros do grupo IFÁ-RHADHÁ- DE ART´ NEGRA o Vagner, no qual trabalha contra o preconceito do negro com o próprio negro e do branco com uma visão menos simplista do que vem a ser a negritude no Brasil e seus problemas sociais que estão impregnados até os dias atuais, vem fortalecer através de estudos e pesquisas que o próprio grupo se propõe a fazer, levando apresentações para escolas, ambientes públicos e privados. E sempre nessa perspectiva da visão do publico sobre o espetáculo a ser confeccionado e mostrado a todos. Nunca como uma obra acabada e sim como algo a ter uma continuidade e uma permanência no cenário teatral que é tão concorrido e disputado. Quando falamos, numa forma de teatro mais político social e como transformador de uma dita sociedade que ainda sofre as mazelas do passado. O Vagner lidera esse grupo que é uma remanescência do grupo do Ivo. O Oséas Borba Neto é o diretor geral e fotografo da empresa Grupo Cultural João Teimoso e da empresa Agência de Talentos de Pernambuco, e para ele o Teatro reverberá no cenário imidiatico Brasileiro como um todo, e ao mesmo tempo citou um literato Brasileiro (Luiz Fernando Veríssimo) e um teórico (Augusto Boal) que criou o teatro do oprimido no Rio de Janeiro como uma referencia para o teatro do qual ele busca sempre em suas leituras e em suas excursões. Contudo relatou da importância do ator se desprender de si próprio e se abrir para o mundo, só desta forma ele poderá ser completamente livre de fato, de corpo, alma e espírito, para assim construir uma outra vida, daquela já existente e coexistente. Assim ser cidadão não é simplesmente conseguir viver em sociedade, e sim é conseguir transformar o meio em que você vive em algo melhor e prospero para você e para os outros ao seu redor. Entretanto o Ator, diretor de Teatro, cenógrafo, e vice-presidente do Sated-PE (Sindicato dos Artistas e Técnicos de Diversão do Estado de Pernambuco) Vavá Paulino, diz que o teatro não tem essa característica de ser social ou  transformador, e sim revolucionário e contra um modus operandi que só visa o lucro como fator final, e não os problemas sociais marcantes do país. Todavia vemos que o setor das artes cênicas em nosso país esta cada vez enveredando para essa área social por problemas de caráter local pura e simplesmente. E não porque o teatro virou uma sala de psicologia ou de filosofia aplicada da realidade. E sim porque o teatro tem o poder de contagiar no exato presente. No exato momento que é manifestado junto com a plateia. Com isso tem o poder de maior sensibilização de falar de temas polêmicos, que outros meios de comunicação ficam a mercê de regras pré-escritas e pré-estabelecidas. Assim o teatro fica mais livre por não está preso amarras do poder publico ou privado, e sim as suas próprias ideologias e idiossincrasias.
Devemos olhar mas para dentro de nós mesmos e nos ver sempre, e saber de fato, o que queremos, o que ansiamos, e o que buscamos para as nossas vidas enquanto seres pensantes e transformadores da sociedade. A nossa mente não para de pensar, e nunca sempre queremos ficar só no obvio, por mais interessante que ele possa ser, queremos sempre imaginar sobre ele, e criar nossas próprias conclusões a cerca do que de fato pensamos ou imaginamos. Imaginamos um mundo mais completo, mais cheio de realizações e de grandes planejamentos. Quem sabe num futuro próximo passamos entender mais como as culturas são formadas e como o teatro mexe tanto com cada um de nós, e como são geradas as transformações pessoais de cada ser? 

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