sexta-feira, 26 de agosto de 2011

TEATRO DE SANTA ISABEL 160 ANOS DE VIDA

O Teatro de Santa Isabel ,monumento tombado pelo Patrimônio Histórico e Artístico Nacional em 31 de outubro de 1949 representa o primeiro e mais expressivo exemplar de Arquitetura Neoclássica em Pernambuco e um dos mais notáveis do país.
A idéia de construir um Teatro público no Recife, capital da província, partiu de Francisco do Rego Barros, futuro Conde da Boa Vista, presidente da província de 1837 a 1844. Era uma época de mudanças que afetaram as estruturas materiais da cidade e suas feições portuguesas de cidade recém-saída da época colonial. A proposta modernizadora contemplava a construção de estradas, pontes e edifícios públicos e tinha como objetivo não só dotar a cidade da infraestrutura necessária à implementação da economia provincial, mas também aproximá-la dos padrões estéticos europeus, mostrando uma cidade próspera e civilizada, que valorizava a cultura como um todo (aquisição e pelo usufruto de valores culturais). Neste sentido, era indispensável a criação de um Teatro. Além disso, durante a primeira metade do século XIX, a sociedade vinha atravessando um lento, mas decisivo processo de transformações no que no que se diz respeito à mentalidade e aos hábitos sociais que justificavam um desejo, cada vez mais acentuado, de contato social e busca de divertimento. Um local específico, reservado, onde se educassem os costumes, refinassem os gostos e exercitassem comportamentos apropriados.
Seu realizador foi o engenheiro francês Louis Léger Vauthier e este teatro representou a obra de maior vulto dentro do projeto de modernização idealizado por Rego Barros para Pernambuco. O Santa Isabel é considerado por muitos como o mais belo edifício teatral do império. Um dos poucos exemplares do genuíno neoclassicismo erguidos no Brasil na primeira metade do século XIX. A iniciativa de Pernambuco, de construir um Teatro de porte e elegância, em 1840, serviu de exemplo para outras capitais que, estimuladas pelo prestígio da província pernambucana e pelo incremento das atividades artísticas e sociais constatadas, adotaram iniciativa semelhante.
Homenageando a Princesa Isabel, o teatro foi inaugurado em 18 de maio de 1850 com o drama O Pajem D’Aljubarrota, de Mendes Leal, escritor português dos mais encenados na primeira metade do século.
O Teatro de Santa Isabel recebeu Dom Pedro II, Castro Alves, Tobias Barreto, Carlos Gomes, a Bailarina russa Ana Pavllowa, Procópio Ferreira, dentre outros. Assistiu à Revolução Praieira, à campanha abolicionista e à campanha pelo advento da República, quando dois nomes ligaram-se definitivamente a sua história: Joaquim Nabuco e José Mariano. Nabuco proferiu a célebre frase que ficaria gravada numa placa do Teatro: Aqui nós ganhamos a causa da Abolição. Mas, antes do final da década, o Teatro foi ainda, mais uma vez, campo de batalhas políticas que agitavam o país. Agora, pela república, com os discursos de Martins Júnior e Silva Jardim. O político Rui Barbosa discursou durante a campanha para presidência da república.
Através dos tempos este Teatro vem prestando um grande serviço à Cultura do Brasil. Nada mais justo do que homenageá-lo nos seus 160 anos. Longe de prosopopeias vazias, trata-se de parte da grande família cultural do país. Símbolo do amor que temos à arte e às grandes causas.
Eis o Teatro de Santa Isabel: elegante, refinado, em pleno século XXI ainda (e cada vez mais!) oferecendo aos pernambucanos e todos que o visitam a visão de uma sociedade que cada vez mais toma gosto por atividades sócio-culturais. Centro irradiador das atividades artísticas desde a época do Império, elevando o brilho da democracia republicana posteriormente.
A arquitetura neoclássica do inicio do século XIX está agora aliada à modernidade. A reforma fez uso da tecnologia que permitiu inovações na estrutura do Teatro e conforto para os espectadores. A arquitetura original está preservada, mas novos recursos tecnológicos foram implantados. O Teatro de Santa Isabel alia tradição e modernidade na vida cultural da capital de Pernambuco.

1º CONFERENCIA ESTADUAL/REGIONAL DE EMPREGO E TRABALHO DECENTE

Foi realizado ontem dia 25/08/2011 o 1º seminário do trabalho Decente-CEETD na Cidade de Itapecuru Mirim, e os trabalhos foram coordenados pelo senhor Jose Antonio Heluy no qual é secretario de trabalho e economia solidaria Estadual. Esteve representando a secretaria de trabalho e renda/ Zezinho Lima-Chapadinha, e sua equipe de técnicos Jorge Cardoso, Tyalla pereira, Jane Araujo e jhonathan, já pela sociedade civil estiveram presentes: Raimundo Gomes neto, Axixa, Zé Luzia, Sindicato dos Patronal, Luiz barbeiro, STTR, Gabriel Construção Civil e outros.
Entre as propostas que o Secretario Zezinho Lima defendeu: foi a volta do programa primeiro emprego do estado e  a criação dos Cines Regionais e agências de trabalhos em cada município, como forma de intermediação legal, da mão de obra local pondo enfim os gatos inlegais.( O gato é uma agente aliciador que cobra uma taxa x, para viabilizar o emprego, no fundo o gato é um ato inlegal).
2° proposta: Ativação e criação dos conselhos do trabalho e renda para que haja um planejamento de políticas publicas na área do trabalho e emprego, no qual envolva toda a sociedade civil. Todas essas propostas serão discutidas e encaminhadas para o seminário estadual em outubro em são Luiz. E aprovadas em 2012 em Brasília.
Asacom: Victor Hugo C. Leite.

terça-feira, 9 de agosto de 2011

ZÉ CELSO COMEMORA 50 ANOS DO TEATRO OFICINA COM UMA NOVA PEÇA


Teatro

Zé Celso celebra 50 anos do Oficina com nova peça

Publicado em 08.08.2011, às 18h44

Toda macumba tem um motivo, ensina José Celso Martinez Corrêa. Diz a tradição que o ritual está sempre ligado a um desejo não realizado. A algum presente que se quer ganhar. "Macumba Antropófaga", espetáculo que entra em cartaz no dia 16, cumpre exatamente essa função. Comemora os 50 anos do Teatro Oficina. Mas serve, sobretudo, para lembrar tudo aquilo que o grupo ainda quer conquistar.

Não basta ter revolucionado os rumos do teatro brasileiro. Para sua festa ser completa, o Oficina quer mais. Já planeja um novo espetáculo, baseado em Bertolt Brecht. Lança os DVDs de suas últimas montagens. Tem dois livros no prelo para comemorar o aniversário. E continua de olho no terreno do vizinho.

"Com toda macumba você busca alguma coisa. A nossa é para conseguir o nosso teatro estádio. É um projeto que não é para mim. Eu tenho 74 anos. É algo que me transcende, é para a cidade. É para o processo de revitalização do Bexiga", comenta Zé Celso, diretor que foi um dos fundadores do Oficina, ao lado de Renato Borghi e Amir Haddad. Em 1958, eles surgiram como grupo amador apresentando seu primeiro espetáculo. Três anos depois, em 16 de agosto de 1961, era o momento da profissionalização e da inauguração de sua primeira sede: um teatro na rua Jaceguai, no bairro da Bela Vista.

Arena - Transformar a área ao lado do Oficina em um "teatro estádio, nos moldes das arenas gregas, é um sonho antigo de Zé Celso Martinez. Há anos se arrastava a peleja com Silvio Santos, que pretendia erguer um shopping no local. A solução para o impasse, contudo, nunca pareceu estar tão próxima.

Agora, nas festividades de 50 anos do Oficina, o diretor só fala naquilo que chama de "troca entre terrenos". Na prática, o processo significa que o grupo Silvio Santos teria aceitado trocar o espaço que circunda o teatro - avaliado em R$ 33 milhões - por outro de igual valor em qualquer ponto da cidade. "Com a crise que está passando, ele se humanizou muito", diz Zé Celso sobre o outrora arqui-inimigo. "Nós nem imaginávamos que um dia fôssemos nos tornar amigos, falar no telefone."

A ideia também ganha força com a homologação do tombamento do edifício projetado por Lina Bo Bardi. Com a resolução, não é apenas o prédio que passa a ser considerado patrimônio histórico nacional. Todo o seu entorno também fica protegido. Só falta o Ministério da Cultura ou outra esfera pública encampar a causa de Zé Celso. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.


                                          Fonte: Agência Estado